terça-feira, 4 de agosto de 2009

Fomos portugueses...




Os candidatos às eleições autárquicas e legislativas acusados ou condenados à espera - e quanto tempo se espera na Injustiça portuguesa - pelo recurso, vão cantando de galinha, em particular e de galos na generalidade, tamanha é a capoeira! Ou o vulgo aviário?!

Os recursos para tribunais de Relação, Supremo, Constitucional servem para atrasar as eventuais condenações e protelar as decisões, além de nos sorverem mais recursos financeiros.
Eu mesmo num país culto, democrático e de direito, diria que é assim em Portugal. Mas, mais ainda, sou obrigado a dizer é assim num país do quarto mundo.
Os galináceos cacarejam, cacarejam e por isso, sem que esse cacarejar nos acorde, são considerados heróis. O indica os seus semblantes de maiores, mais altos, como diz Florbela Espanca dos poetas. Mas deixemos Florbela porque se hoje vivesse o seu suícidio seria aos doze anos, por aí!
O povão que tem o governo que merece ilude-se, quer crer no incrível, não acompanha e não percebe as condenações que - raras vezes - os tribunais ditam e dá aí, ao povão, lugar à sua analfabetização funcional, mas felizes. Muito felizes, clamando lizonjas àqueles que, vulgo Zeca Afonso, vampiros, e, comem tudo, comem tudo e não deixam nada. Na sua ignorância analfabeta, bate palmas e entronizam aqueles que se apresentam com ar triunfante, que lhes defecaram na cabeça.
Como diria o outro, sinceramente não sei aonde é que isto vai parar. Vejo isto a pique e numa velocidade considerável para parar. É que se não consegue enchergar o fundo tumular.
Resta-nos os oitocentos quilómetros de costa, para aguentarmos às costas os senhores da Europa que vêm, a continuar assim, em força e nem o mar na fuga nos vale. Morremos na praia. Depois dum passado, longínquo, glorioso e auspicioso de que se diz que demos novos mundos ao mundo.
Duas eleições em poucos dias... É mais déficit para o país que em nada sai valorado, e continuamos a pique numa desenfreada velocidade.
E é isto que nos resta. Que nos espera. É o nosso signo.
Vivamos! Fomos portugueses! Vivamos.

Sem comentários: